Tudo começou com um simples relançamento da marca. Em 2004, a marca Dove, da Unilever, adotou um novo visual e estava procurando uma ideia que chamasse a atenção para comunicar através de uma campanha atraente. A ideia da agência Ogilvy era tão óbvia quanto revolucionária: como a Dove, por ser uma marca de massa, não poderia representar ideais de beleza elitistas, era lógico usar modelos com medidas “normais” para a campanha.
A marca então criou uma imagem que era radicalmente diferente das outras no ramo de produtos de beleza e, ao mesmo tempo, com uma forte mensagem: você não precisa ser uma modelo para se sentir bem com sua própria pele.

A campanha mundial “Real Beauty” estampada na mídia OOH teve grande sucesso nos países em que foi veiculada. A empresa aumentou suas vendas em 10% em apenas um ano. Em dez anos, o faturamento subiu de U$ 2,5 bilhões para U$ 4 bilhões.
A marca transformou o que era apenas uma ideia em uma atitude sistemática e desde então tem abordado repetidamente as consequências negativas da imposição de padrões de beleza, focando na autoestima e na saúde mental das mulheres de todas as idades.
Várias agências da marca ganharam muitos prêmios de publicidade e, 20 anos depois, a campanha ainda causa impacto .
IA e “Real Beauty” em OOH na Inglaterra
Para celebrar os 20 anos da “Real Beauty”, uma campanha OOH na Piccadilly Circus, destaca os preconceitos que a inteligência artificial (IA) demonstra ao mostrar “uma mulher bonita” de diferentes países europeus.
A campanha surge após a publicação de uma nova pesquisa da Dove que descobriu que uma em cada três mulheres sentem pressão para alterar sua aparência por causa do que vêem online, no mundo digital, mesmo sabendo que é falso ou gerado por IA. Além disso nove em cada dez mulheres afirmam terem sido expostas a conteúdo prejudicial sobre beleza. Duas em cada cinco mulheres também abririam mão de um ano de suas vidas para alcançar uma aparência ou corpo ideal.

A marca então renovou seu compromisso publicamente com o “real”, ressaltando que nunca se utilizará da IA (Inteligência Artificial) para representar mulheres em sua publicidade. Tomando medidas para quebrar estereótipos e defender o poder da “Real Beauty”, ela ainda se comprometeu na defesa por uma melhor representação da beleza.
A campanha está sendo replicada em diversos países, incluindo África do Sul, Canadá e Brasil. A marca trabalhou com especialistas em IA (Inteligência Artificial) para criar o “Guia Prático da Beleza Real” para capacitar criadores e empresas a criar conteúdo gerado por inteligência artificial inclusivo e diversificado.
Atualmente a Dove também trabalha nas redes sociais com o “Self Esteem Project” (Projeto Autoestima), no qual usa filmes online da vida real de mulheres jovens e meninas para perseguir o objetivo de tornar a mídia social um lugar mais positivo e garantir que o Instagram, o TikTok e similares sejam responsáveis por um número significativamente menor de problemas de saúde mental entre os jovens no futuro.
Fonte: CS e Horizont